Aventurar-se nos mágicos caminhos da palavra encantada, abrindo o coração à visão do invisível, ao gesto da escuta, ao olhar que se maravilha, ao pensamento mágico e imaginativo, ao universo brincante, à diversidade cultural dos povos é o convite deste projeto de trabalho e vida.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Leituras de Lobato

Nestes dias deleitei-me com a a leitura de "O Minotauro" de Monteiro Lobato. Fazia tanto tempo que não me deciliava com  o texto deste mestre de nossa língua e da literatura para crianças. Ria sozinha sentindo prazer com a construção da linguagem ao mesmo tempo tão singela e precisa. Quando os picapaus perguntam ao oráculo onde está Tia Anastácia, a Pítia responde: "O trigo venceu o monstro de Guampas". Capiscou? Qual o significado da resposta enigmática? Emília logo atina: Trigo, bolo, pão, bolinho, é igual a Anastácia! Guampas é chifre ou Minotauro: o único monstro que  os tem ! Então: com seus bolinhos, Tia Anastácia venceu o Minotauro!

 Também encantei-me com os símbolos dos mitos gregos. Como toda história dá pistas para sua história, maravilhei-me com o novelo que segue sózinho pelos corredores indicando o caminho até o centro, o foco, o núcleo, o âmago. Deixar-se levar por algo maior! Por algo que sabe,  para além de seus pensamentos, conclusões, inferências.
 Por onde ir? Qual caminho tomar neste labirinto intrincado?  Não conduza! Deixe-se guiar pelo fio de Ariadne: mulher que confiou ao amado o segredo do labirinto a ela revelado pelo seu construtor.  O amor cede o segredo! Por amor entrega a chave do mistério. Mas a amada  acaba traída! Ariadne é abandonada por Teseu. ..

Outros monstrengos surgem trazendo revelações. Lá está Hercules golpeando as cabeças da Hidra de Lerna. Cabeças que renascem, renascem... Como os pensamentos infindáveis, recorrentes...
 Mas voltando a Lobato, é incrível como ele mantêm o controle entre  ficção e  conhecimento, sem derrapar no didático. Também é lindo como propõe o jogo da fantasia, da realidade mágica. Com um simples "Tchibum" , os picapaus viajam no tempo. Com os pós, número um e dois atravessam séculos e espaços.
 E  como fala das ninfas!  Com que propriedade! Bela, sua visão da natureza! Salve Lobato!

terça-feira, 25 de maio de 2010

AULAS

Estou voltando do último dia de aula na Emei. O coração bate feliz. Os pés tocam o solo com firmeza. Sempre fico nervosa, ao dar um curso. Não tem jeito: dúvidas, críticas, incertezas... Mas, ao final,a sensação  é rica e prazerosa.  As vivências vão se somando e agregando  ricas experiências de vida.
É bonito conhecer tantas pessoas, cada uma com sua riqueza.  Estas mulheres-professoras, dedicadas ao seu ofício, trabalhando tantas horas, em locais tão distantes e dispostas a aventurar-se em novos exercícios. Eu agradeço a todas pela participação, pelos olhos e ouvidos atentos, pelas falas preciosas, pela boa vonade e disposição, pelos ensinamentos  doados.  Neste módulo trabalhamos o conto " Os Sete Cabritinhos", de Grimmm. Foram três encontros, onde mergulhamos nesta história que ilumina a mãe que chama a atenção dos filhos para a figura malvada do lobo de voz áspera.  A mãe que um dia se afasta( pois é preciso). Mas não, sem antes alertar os pequenos para os disfarces do "mal". A mãe  que resgata os filhos da barriga do lobo, que ao final, cai no poço e morre.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

NO CAMINHO: VIAGENS E VIAJANTES EM HISTÓRIAS DE TRADIÇÃO ORAL

Feliz! Estou chegando de Bertioga onde apresentei algums contos no festival da terceira idade. Marilia Macedo me acompanhou na flauta. É mesmo gostoso contar com música e Marília faz uma dobradinha super gostosa! Foi um mes ou mais mergulhando no tema da viagem, da arte da peregrinação. Fizemos ao ar livre, debaixo do céu, ao por do sol. No início um prólogo meio dançante, viajante, marcando o caminho, com papéis coloridos, celebrando as árvores, os encontros, os caracóis e labirintos.... como se...em peregrinação. Assim reecontro minha contadora Andarilha, e acho que agora, juntando a Andarilha com a Tecelã de Encantares, me renomeio, "Peregrina de Encantares.

terça-feira, 20 de abril de 2010

salve as mangueiras

Nas lembranças que surgem nas aulas dos cursos que venho dando sempre surge uma mangueira abrigando uma criança; sempre um adulto se conta e re-encontra lá no alto do pé frondoso chupando a manga pelo furinho feito na casca...
Através da fala saudosa sentimos o gosto bom e vemos a carinha toda lambuzada...
Até soube que depois o coraço era cortado e com ele se fazia carteirinha para brincar de feira

domingo, 18 de abril de 2010

presente

 Foi hoje. Justamente no seminário" Descobrindo os mitos pelo qual vivemos, com Robert Water:
 No intervalo uma moça me pergunta:
- Você é a Tininha que conta histórias?
- Há varios anos  te ouvi contar  a história de um xale,  um menino e sua mãe...  uma flor...
   contei para meu filho, ele gostou e sempre pedia...hoje ele tem onze anos e esta ficou sendo  a  nossa história (minha e de meu filho)...   conto como lembro... posso te contar como conto?....

 São estas dádivas que confortam o coração... que dissipam as dúvidas e medos e reforçam a certeza de que não foi tanta loucura um dia se exonerar do serviço público estável para viver contando histórias...
Estas luzes dissipam sombras e medos, tristezas angústias....sim pois a batalha para sobreviver é grande.

Conforta saber que uma semente virou flor; que este encontro efêmero em que tocamos com palavras e partimos, tocamos e partimos, frutifica; que independente da presença, algo fica, ...   Não se dissipa

 A pequena ação, como uma estrela que brilha entre tantas e tantas no céu, torna-se preciosa com um diamante.  

Obrigada amiga por ter me dito  o que ouvi.  Saber,   ajuda a persistir nesta viagem que segue os passos dos bardos, aedos, rapsosdo, trovadores...encantadores da vida...

quarta-feira, 24 de março de 2010

felicidade

  um sentimento de plenitude; de passos cumpridos; compensação dos anos dedicados a contar histórias; a encantar adultos e crianças com a sabedoria dos povos;

 tudo isto por conta de um re-encontro: um antigo ouvinte dos tempos em que  uma vez ao mes ia contar histórias no espaço oásis, me procurou, chamando-me para celebrar o aniversário de sua mãe de 86 anos; no encontro lembrou com gosto dos tempso dos contos neste recanto acolhedor  em meio à balbúrdia de São Paulo;

 pode parecer vaidade, mas é pura alegria,, pois nem sempre é facil dedicar uma vida a contar histórias.. por vezes bate o remorso de ter 'pedido exonerção do serviço público estável....

 mas estas falas carinhosas, estas lembranças amorosas reconfortam o coração e assim sinto-me feliz por estes momentos tão efêmeros e ao mesmo tempo  tão duradouros que, feito o desabrochar de uma flor, são os de contar histórias.. .
este encontro intenso, profundo em que me encontro com as pessoas, em que me faço canal dos contos, em que semeio encantos e parto, deixando para trás o momento , mas que no instante se faz perene...

 gratidão!

terça-feira, 23 de março de 2010

chuva

O sol ardia queimando a terra e suas criaturas; a chuva estava presa atrás do gelo em que se transformara a pradaria celeste;
Era preciso libertá-la;
Uma pequena serpente se ofereceu  e lançada ao céu, vibrou, trasnformando-se no....

Contei de manhã numa biblioteca e como o Xamã do conto fiz cantar o pau de chuva, chamando com as crianças, as gotas celestes... que vieram, de tarde, fartas, copiosas, em tempestade tão forte que impediu as crianças da escola de chegarem à biblioteca...

Que pena!... mas ainda bem que por lá tinha outros ouvidos para escutar....

Poderes dos contos... da palavra entonada com fé...

domingo, 14 de março de 2010

presentes

chego, conto e parto....
tantos lugares...tantas pessoas...
e aqui e ali, uma confidência,  uma lágrima, um suspiro, um segredo...após a narrativa. ...
a alma se abre à contadora,  em confiança que brota, creio, do poder que emana do conto;
terra de sutilezas, de símbolos profundos, que tocam sem ferir ....

agradeço, por poder ser canal, por poder tocar o coração.....

sexta-feira, 12 de março de 2010

desafios

fui contar histórias de mulheres para mulheres, mas o público que apareceu era bem diferente. Primeiro surgiu um senhor, muito simpático. Depois um grupo de jovens , de uma ong ou entidade. Na verdade, não ia só contar históra. Seria um conto seguido de uma atividade de confecção, fazendo pontes com o tema da história. O que fazer? O público era diferente, o número maior para uma oficina, não havia levado os adereços de outros contos....

Era uma situação desafiadora, como aquelas que surgem nas histórias. Fui começando. Alguns jovens um pouco provocativos ou melhor, me colocando à prova. Contei "Fátima a fiandeira", que tinha levado e depois, mudando o script, o conto do príncipe e os leões que é bem prprio para os desafios desta idade da vida, a juventude, a entrada no mundo adulto. Então resolvi fazer a oficina prevista e eles se envolveram. Ao final retornei com o coração preenchido por esta rica experiência de vida. Entregar-se-se ao novo, aos desafios, improvisar, tirando da manga as experiências adquiridas na estrada, contando histórias há tantos anos, foram lições desta tarde de março.

domingo, 7 de março de 2010

a fala que brota

 Mais uma vez, em meio a apresentação de Seres do Encantado, uma criança revela um segredo de sua vida  familiar. Este repertório que traz as regras das florestas e das encantarias, mexe em algo que faz a revelação emergir de modo surpreendente. É como se criasse  um espaço de confiança em que a criança, fala  e compartilha sem pudor em meio a toda gente. E desta vez quando uma falou, outras também foram contando e dizendo que também acontecia com elas.  ´MÁGICO PODER DOS CONTOS!!!! obrigada ancestrais! Obrigada palavras de força por me fazer canal de seu poder, por me tornar digna de confiança das crianças!

histórias aqui e ali

a semana foi intensa:


dia 3, "ventura e aventura de contar histórias": uma palestra para educadores, pais , avós; no dia seguinte retomei algo que fazia anos atrás: dramatizar um conto junto com as crinças. foi legal retomar os jogos teatrais. criei uma história de caçadores e encantados e fomos criando com sons, gestos, mimicas, movimentos; no dia 5 apresentação de "seres do encantado". Severina das Ervas Santas e Maria Encarnada estavam de visual novo: lindos chapéus /perucas feitos pela querida Renata, mãos de fada.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

João e Maria

 Hoje viajei pelas estradas de João e Maria. A história chegou de um pedido do mundo. Queriam comversar comigo, sobre ela . E como todo e qualquer conto nunca chega por acaso,  nunca bate á sua porta sem saber que é hora de escutá-lo, João e Maria trouxe luzes à minha história.
 No conto, a lua  se revelou em sua beleza e poder, acendendo uma luz de fé e esperança em meu coração. Graças a sua luz as crianças abandonadas pelos pais encontraram o caminho de retorno à casa.   Salve Dona Lua que bem ilumina as pedras lançadas pelo menino para marcar o caminho!
 O alimento percorre todo o conto: o pão escasso, o pão duro, último pedaço, pedaço guadado par amtar a fome grande, pedaço lançado ao chão para marcar o caminho. Depois, os doces tentadores, uma casa de doces!!
O fogo também se fez presente aquecendo as crinças abandonadas no escuro da floresta. Fogo que transmuda, que transforma o cru em cozido, que processa as alquimias.... aqui de João e Maria, duas crianças que enfrentam o medo, o abandono, as trevas, o mal e aprendem a vencer os perigos e a  bruxa, usando a astúcia na boa medida, ser ingenuo em sua defesa, ser astuto, esperto, ou seria  melhor  dizer...lúcido?
 Saber usar de estrategemas para salvar sua pele, para não ser devorado pela bruxa: o ossinho em vez do dedo; o pedido que aparenta ingenuidade mas revela esperteza: "me ensina a acender o fogo que não sei"
 A casa também  se faz presente: casa do pais - casa da bruxa. Aquela onde reina a penúria , esta repleta de tentações. Doces, açucares a que as crinças se entregam, caindo na rede da velha que parece ter mel na voz, mas se revela uma bruxa que devora quem cai em sua teia. Quantas aranhas não estão pelo mundo à espera de quem caia em suas teias? Mas, mesmo sendo crianças, João e Maria consegume fugir, libertar-se
 No começo, é o menino quem tem as idéias, o expedinte. depois é Maria quem arma os estrategemas, com sutiliza, com visão aguda, com ação certeira.
 Depois de tantas aventuras , retornam á cas paterna,  fazendo a travessia do lago, sobre o dorso do pato. O belo pássaro da floresta de canto mavioso os conduziu à casa da bruxa; o doce pato , de ormas arredondadas, quadris largos, pés grandes,  ave que circula entre água e terra, os religou ao lar.
 Salve João e Maria, e obrigada àquelas que pediram que eu olhasse e escutasse o conto!

domingo, 14 de fevereiro de 2010

carnaval de histórias

Enquanto o sol brilha no domingo de carnaval, histórias brincam e dançam em meu coração.  Assim me preparam e se preparam para desfilar no mundo  no próximo mes de março. Serão muitas histórias: de mulheres belas, sábias, astutas, aquosas em "Um Rio de Mulheres"; do "Jogo do Claro e do Escuro"; da "Mãe Terra"; Dos "seres do Encantado"; das "Claras Águas e Verdes Matas"; ... E ainda sobre as "Venturas e Aventuras de Contar Histórias"....

sábado, 13 de fevereiro de 2010

comentário aula

 Recebi um comentário mas não consigo publicá-lo - então copio e colo.
Obridada . Amei, emei

OLÁ TININHA


GOSTAMOS MUITO DE PODER COMPARTILHAR COM VOCÊ AS HISTÓRIAS E CAUSOS.COMO TAMBÉM DE APRENDER SOBRE CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS, BRINCAR DE CABANINHA ETC

RAQUEL COORD. PEDAGÓGICA

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

contos de vida, morte, renascimento...

Com tanta história bonita evocada na aula, não consigo me lembrar exatamente do enredo desta. Mas sei que me chamou atenção sua estrutura que é presente em contos de outros povos. No conto narrado pela aluna há uma criatura que morre, ( acho que é assassinada). Mesmo morta sua voz se faz ouvir. Para calá-la seu algoz a destrói de outro modo, mas ela segue a falar...e ser destruída passando por váriso estados de matéria.... até que vira cinza....


Existe um belo conto japonês com este mesmo processo de transmutação. Nele o cachorrinho querido e dadivoso de um casal idoso é morto pelo vizinho invejoso. Com seus ossos o bom velhinho faz um pilão, que dá arroz em abundância aos antigos donos, mas só serve lixo ao vizinho que o pega e maltrata; enraivecido o invejoso queima o pilão e suas cinzas são guardadas com carinho pelo bom velhinho. Elas voam e fazem florescer as árvores em pleno inverno.... a notícia, como as scinzas, se espalham e o bom velhinho é chamado a curar as cerejeiras mortas do jardim imperial. Encarapitado nos galhos ele despeja as cinzas do cachorro e as cerejeiras se abrem em flor... Recompensado com ouro pelo imperador o velhinho também recebeu o título de " Aquele que fez renascer as árvores mortas"!

Como um conto puxa outro, este nos lembra o história da Fênix... renascer das cinzas.. passar pelo processo do fogo...

mas isto é uma outra história que fica para uma outra vez...

.... vou dormir, antes que amanheça, sonhando com a vida que renasce das cinzas....

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

histórias...lembrares....

É a segunda aluna que recorda um costume das crianças deste nosso Brasil.
Crianças ribeirinhas.
O costume de comer uma piabinha viva para aprender a nadar. Diz que funciona! Assim que o peixe é engolido,  o corpo boia sobre as águas, os braços dão braçadas fortes, as pernas batem ágeis

Obrigada alunas por compartilhar seus causos, seus fatos, suas vidas,

na nau das lembranças

Mais um curso. Agora para professoras de emei. Histórias na roda, lembranças, lembrares e a beleza da nossa língua , a fala de cada cidade, estado... uma nordestina, uma mineira, uma cabocla... na contramão seguimos, cultivando os falares, os gestos de cada lugar, de cada um, em contraponto à midia que achata, uniformiza... Recordar os quintais, o cheiro da terra, da cozinha, os brinquedos... boneco de sabuco, de pano, o conto na porta da casa, beira do terreiro.... vamos brincando, vão lembrando, compartilhando e se assenhorando de novo do saber que cada um traz no coração...

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

famílias

Desde criança gostava de penetrar na casa dos outros; sim, penetrar, pois era como mergulhar no mundo da família: os móveis, os costumes, as luzes da casa, o ambinte.... Gostava de ir tomar Toddy na casa do Marcelinho, brincar na casa da Debie. Na Debie, (querida amiga preferida, por onde andas?), sempre havia um compoteira cheia de bombons, na sala! Aiiiiii!  Tentação!!! Na minha não tinha uma coisa assim chique!! Algumas vezes ousei descer as escadas com passo de tigre, entrar na  sala... furtiva ... e pegar um bombom....
Mas isto tudo para dizer como gosto de ir contar histórais nas casa das pessoas, celebrando aniversários, momentos especiais ou só um encontro para ouvir histórias. Sempre é um mistérto, uma magia, ver a família , os amigos, os parentes, os móveis, os enfeites....
Nesta semana estive na casa de um casal muito simpático,  que lá por 95 já havia me convidado à contar histórias em sua casa . É uma honra voltar aos locais, ser convidada à intimidade, às  celebrações familiares. E eu que sempre fui e ainda sou tímida, como contadora, fico feliz e à vontade

 obrigada pelo presente, pela graça

sábado, 2 de janeiro de 2010

presente de ano-novo

hoje recebi uma das mais belas dádivas destes anos dedicados às histórias. Estava contando lendas do ano novo. Terminva o último conto, aquele do bolinho de arroz. Preparava-me para narrar a chegada dos visitantes: o velhino de barbas e cabelos brancos  como o bebê ao colo. No exato instante uma menina se aproximou  e ficou ao meu lado, bem junto. Não era o se aproximar curioso e mais irrequieto do menino no começo da apresentação. Nem sei como descrever... era um chegar.. como que impulsionado por um imã,... eu reagi e num gesto acolhedor a coloquei em meu colo... ela se acomodou, sem nenhum reclamo. Fiquei  contando  ajoelhada a menina no colo... quem é o velhinho? quem é o bebê?... o tempo corria e ela queitinha, aconcheada, como se minha filha fosse, os olhos bem abertos e brilhantes olhando prá mim... o velhinho era o ano velho que trazia no colo o ano novo, com suas novidades... novas experiências e aventuras a serem vividas... eu contava ... a menina-bebê no colo..
 Me despedi dizendo que parti levando as novas aventuras que o ano me trazia - ela ao colo - passei por detrás das estantes longe do publico .. voltei ao público, a menina - os olhos brilnates me olhando em confiança extrema, aconchegada em meus braços, em meu coração...Então a entreguei  profundamente agradecida à sua mãe, tendo finalizado a narrativa com este presente dos céu em meu colo.

 obrigada pela graça