Aventurar-se nos mágicos caminhos da palavra encantada, abrindo o coração à visão do invisível, ao gesto da escuta, ao olhar que se maravilha, ao pensamento mágico e imaginativo, ao universo brincante, à diversidade cultural dos povos é o convite deste projeto de trabalho e vida.

sábado, 25 de fevereiro de 2012

HISTÓRIAS ASSOMBROSAS EM TEMPO DE QUARESMA

Parece que tem algo novo no ar.Algo mais leve , mais brincante, mais divertido. Tenho sensação que estou contando mais solta, mais como um jogo. As crianças, vem , brincam,  interagem. Hoje e amanhã estou fechando este ciclo  das  festas alegres que começaram no natal.   No prólogo, esbocei este traçado: natal, reis ano-novo.  A cada final de semana fui viajando numa festa de fevereiro. Foi tão rico  e curativo mergulhar nesta viagem Descobrir Iemanjá e nossa senhora dos Navegantes.  Descobrir que elas nos ajudam a seguir seguros pelas águas de rios e mares e das vida rumo ao porto/meta que miramos ou nos aguarda/ que nos protegem das tormentas do caminho; que proporcionam pesca farta e fartura. Ainda foi um presente descobrir que Iemanjá zela pela ordem da casa e da cabeça.   No carnaval foi também um presente  Mergulhar nesta visão da festa total, este tempo que  transcende os limites, que tudo pode, que as fantasias vêm ao mundo, qure o eu se mascara e se revela noutras face. Foi divertido descobrir o parentesco com o Momo, Bobo da Corte, folião, ator, palhaço.  E por fim mergulhar no reverso. Se há o tempo da expansão, depois vem o do recolhimento, em que Rainha Quaresma dita as normas.(sabedoria Popular). Mas se é tempo mais severo, também é dos sustos e medos de assombrações, capetas e lobisomens . É divetido contar histórais de dar medo. Divertido porque as crinaças gostam E acaba também virando uma brincadeira de sentir e fugir do medo, de brincar com o medo. Nestes, além da narradora fiz surgir minhas outras companheiras. Maricota Pé de Valsa, alegre brincante, contou o causo do velhos corcunda e dos capetas, com seu sotaque caipira.  Severina Brincante, o da moça que não podia  comemorar seu aniversário porque caia na queresma. Foi tão lindo porque uma menininha ficou super solidária à moça, logo percebendo antes que eu falasse a tristeza de não poder ter um aniversário com uma festa de arromba; Dona Joaquina, contou o do moço que indo ao baile na quaresma acabou namorando com uma moça penada. Ao fim enterramos Rei Carnaval com as honras merecidas e saudamos Rainha Quaresma. Ah, e no meio, armados com vassouras todos varremos as ruas dos confetes e serpentinas. Adoro vassouras, talvez porque seja um instrumento de bruxa!

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Na madrugada insone um anjinho assoprou idéia: escrever histórias das histórias. Começo com Fátima, a fiandeira. De origem grega  é o conto preferidos dos ouvintes. Quase toda gente se reconhecem Fátima que vai caminhando pelo fio de sua vida. Aqui, um tufão, lá uma tempestade. Mas sempre surge  um bom coração, uma certa mão amiga. Neste caminhar, levada pelo mar imenso, vai conhecendo novos mundos , fazers, pessoas. Agrega experiências, faz aprendizados até que está pronta para criar a tenda para o Imperador da China, cumprindo antiga profecia.  Entre tantas belezas este conto me fala com maestria do processo de criação e aprendizado.  Criar sua p´rpria síntese apartir da recordação das experiências vividas e da prontidão, ousadia, coragem em dar uma nova forma ao incorporado. Recordar, criar, perder, agregar, morrer, renascer.
 Há vinte anos conto e no fluxo do texto vou compondo amndala em pedras. Há vinte anos , no final , recolho e separo as pedras.  Mas com o passar dos anos parece que as pessoas ficam mais surpresas com o trablho de juntar as pedras. lhes parece mais exasutivo. O tempo para os gestos parece que diminui. Então lembro das tarefas de Vassilisa a formosa que teve de separ grãos bons e ruins de trigo em duas pilhas, e tira as semnets de papoula da montanha de estrme. Discriminar, separar com cuidado e atenção, cumprindo tarefas determinadas pela bruxa Baba Iagá.


 Mas voltando à Fátima, muitas são as histórias de pessoas tocadas pela narrativa. Um moço contou que graças á escuta conseguiu um emprego, piis no momento da netrevista lembrou-se da história e contou como ela tinha relação com sua vida, tão cheia de caminhos como o da heroína; faz uma coisa, faz outra, tenta um trabalho, tenta outro....

domingo, 19 de fevereiro de 2012

Hoje contei "Menina Borboleta no Reino do faz de Conta". É um segundo tempo do repertório apresentado ano passado no viagem literária. Alí surgiu esta minha biografia fantasiosa em que trafego por memórias da infância, as brincadeiras, as histórias, os contos preferidos Antes adotava a  primeira pessoa  e neste texto do ano passado eis que surgiu esta Menina Bosboleta que ama dançar, fantasiar, brincar, imaginar, ouvir e ler.   O tema é tão vasto que neste segundo momento mergulhei mais com este meu brincar imaginativo.  No primeiro a narrativa foi conduzida por algumas de minhas ilustrações para os meus recontos. Aqui  brinquei mais com os objetos (até meio kits) de hoje. Tem vassoura de palha e de plástico, tem espanador, regador, balde... tudo virando pernogem como nas brincadeiras de faz de conta. Gostei de fazer e contar. O narrar vai virando cada vez mais uma diversão, um brincar mais leve.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

 Leveza, foi a palavra que desabrochou de meu coração durante apresentações  de carnaval no Centro Cultural São Paulo. Não sei se foi o clima da festa ou se foi minha alma que estava mais arejada.  Foi assim mais solto e brincante. No de sábado tive a participaçao, delicada e ímpar, de uma Menina chamada Nina que foi dramatizando a medida que eu narrava, entrando e até mesmo propondo jogos comigo, mexendo nos adereços, criando... uma lindeza!!!  A apresentção de domingo estava mais fluide  foi cheia de brincadeiras com toda a platéia, crianças e adultos. Contei a lenda do Arlequim; fiz um cordel para o arlequeim-saci do noRdeste e contei do Arlequim mais endiabrado; depois veio a mulher da meia noite e o home do meio dia, bem recriada com meus pitacos de imaginação. Papara contar fui buscar minha vivência do carnavam em Olinda quando tinha uns dezoito anos e lá fui passear.   Arrematando,  meu parente, o bobo da corte/Rei momo e Deusa Momo da Grécia.

domingo, 5 de fevereiro de 2012

No olho da rua - Ivaldo de Melo, Tininha Calazans e Fátima Ribeiro

 De volta. Será que consigo manter a escrita mais atualizada? 2011 foi um ano repleto: apresentações, aulas, etc. Mas hoje escrevo para dar graças à Iemanjá e Nossa Senhora dos Navegantes. Contei hoje. Aliás saiu do forno hoje. Estou apresentando contos sobre  as festas de fevereiro no Centro Cultural São Paulo. Comecei mergulhando na festa de 2 de fevereiro em homenagem às duas Senhoras das Águas. Tenho contado histórias africanas ,mas nunca antes de um Orixá.   E neste repertório sucedeu aquele magia que de quando em conto acontece: contei o conto que eu precisava contar, de certa forma que era um "remédio" para a própria contadora. Iemanjá, seus arquétipo e suas histórias foram me tocando em pontos cruciais.  Descobri esta que arruma a casa e a casa da cabeça.  Janaína que mantém a casa asseada, bela;  que mantém  os pensamentos tranquilos, lúcidos. Vi a mulher, bela, cuidadosa com sua beleza , vaidosa.    Também generosa, compartilhando seus tesouros mais preciosos. Ao lado dela  na mesma festa, a Senhora das Candeias, ou da Boa Viagem, ou da Boa esperança, sempre Maria, estrela do Mar, estrela guia, nos conduzindo  pelas viagens de nossas vidas ao porto seguro, nos ajudando a manter o rumo, o foco, anão nos desviarmos do rumo traçado.  A história chega na hora que é preciso. Bem sabe disto, Ifá o adivinho.