Aventurar-se nos mágicos caminhos da palavra encantada, abrindo o coração à visão do invisível, ao gesto da escuta, ao olhar que se maravilha, ao pensamento mágico e imaginativo, ao universo brincante, à diversidade cultural dos povos é o convite deste projeto de trabalho e vida.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

João e Maria

 Hoje viajei pelas estradas de João e Maria. A história chegou de um pedido do mundo. Queriam comversar comigo, sobre ela . E como todo e qualquer conto nunca chega por acaso,  nunca bate á sua porta sem saber que é hora de escutá-lo, João e Maria trouxe luzes à minha história.
 No conto, a lua  se revelou em sua beleza e poder, acendendo uma luz de fé e esperança em meu coração. Graças a sua luz as crianças abandonadas pelos pais encontraram o caminho de retorno à casa.   Salve Dona Lua que bem ilumina as pedras lançadas pelo menino para marcar o caminho!
 O alimento percorre todo o conto: o pão escasso, o pão duro, último pedaço, pedaço guadado par amtar a fome grande, pedaço lançado ao chão para marcar o caminho. Depois, os doces tentadores, uma casa de doces!!
O fogo também se fez presente aquecendo as crinças abandonadas no escuro da floresta. Fogo que transmuda, que transforma o cru em cozido, que processa as alquimias.... aqui de João e Maria, duas crianças que enfrentam o medo, o abandono, as trevas, o mal e aprendem a vencer os perigos e a  bruxa, usando a astúcia na boa medida, ser ingenuo em sua defesa, ser astuto, esperto, ou seria  melhor  dizer...lúcido?
 Saber usar de estrategemas para salvar sua pele, para não ser devorado pela bruxa: o ossinho em vez do dedo; o pedido que aparenta ingenuidade mas revela esperteza: "me ensina a acender o fogo que não sei"
 A casa também  se faz presente: casa do pais - casa da bruxa. Aquela onde reina a penúria , esta repleta de tentações. Doces, açucares a que as crinças se entregam, caindo na rede da velha que parece ter mel na voz, mas se revela uma bruxa que devora quem cai em sua teia. Quantas aranhas não estão pelo mundo à espera de quem caia em suas teias? Mas, mesmo sendo crianças, João e Maria consegume fugir, libertar-se
 No começo, é o menino quem tem as idéias, o expedinte. depois é Maria quem arma os estrategemas, com sutiliza, com visão aguda, com ação certeira.
 Depois de tantas aventuras , retornam á cas paterna,  fazendo a travessia do lago, sobre o dorso do pato. O belo pássaro da floresta de canto mavioso os conduziu à casa da bruxa; o doce pato , de ormas arredondadas, quadris largos, pés grandes,  ave que circula entre água e terra, os religou ao lar.
 Salve João e Maria, e obrigada àquelas que pediram que eu olhasse e escutasse o conto!

domingo, 14 de fevereiro de 2010

carnaval de histórias

Enquanto o sol brilha no domingo de carnaval, histórias brincam e dançam em meu coração.  Assim me preparam e se preparam para desfilar no mundo  no próximo mes de março. Serão muitas histórias: de mulheres belas, sábias, astutas, aquosas em "Um Rio de Mulheres"; do "Jogo do Claro e do Escuro"; da "Mãe Terra"; Dos "seres do Encantado"; das "Claras Águas e Verdes Matas"; ... E ainda sobre as "Venturas e Aventuras de Contar Histórias"....

sábado, 13 de fevereiro de 2010

comentário aula

 Recebi um comentário mas não consigo publicá-lo - então copio e colo.
Obridada . Amei, emei

OLÁ TININHA


GOSTAMOS MUITO DE PODER COMPARTILHAR COM VOCÊ AS HISTÓRIAS E CAUSOS.COMO TAMBÉM DE APRENDER SOBRE CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS, BRINCAR DE CABANINHA ETC

RAQUEL COORD. PEDAGÓGICA

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

contos de vida, morte, renascimento...

Com tanta história bonita evocada na aula, não consigo me lembrar exatamente do enredo desta. Mas sei que me chamou atenção sua estrutura que é presente em contos de outros povos. No conto narrado pela aluna há uma criatura que morre, ( acho que é assassinada). Mesmo morta sua voz se faz ouvir. Para calá-la seu algoz a destrói de outro modo, mas ela segue a falar...e ser destruída passando por váriso estados de matéria.... até que vira cinza....


Existe um belo conto japonês com este mesmo processo de transmutação. Nele o cachorrinho querido e dadivoso de um casal idoso é morto pelo vizinho invejoso. Com seus ossos o bom velhinho faz um pilão, que dá arroz em abundância aos antigos donos, mas só serve lixo ao vizinho que o pega e maltrata; enraivecido o invejoso queima o pilão e suas cinzas são guardadas com carinho pelo bom velhinho. Elas voam e fazem florescer as árvores em pleno inverno.... a notícia, como as scinzas, se espalham e o bom velhinho é chamado a curar as cerejeiras mortas do jardim imperial. Encarapitado nos galhos ele despeja as cinzas do cachorro e as cerejeiras se abrem em flor... Recompensado com ouro pelo imperador o velhinho também recebeu o título de " Aquele que fez renascer as árvores mortas"!

Como um conto puxa outro, este nos lembra o história da Fênix... renascer das cinzas.. passar pelo processo do fogo...

mas isto é uma outra história que fica para uma outra vez...

.... vou dormir, antes que amanheça, sonhando com a vida que renasce das cinzas....

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

histórias...lembrares....

É a segunda aluna que recorda um costume das crianças deste nosso Brasil.
Crianças ribeirinhas.
O costume de comer uma piabinha viva para aprender a nadar. Diz que funciona! Assim que o peixe é engolido,  o corpo boia sobre as águas, os braços dão braçadas fortes, as pernas batem ágeis

Obrigada alunas por compartilhar seus causos, seus fatos, suas vidas,

na nau das lembranças

Mais um curso. Agora para professoras de emei. Histórias na roda, lembranças, lembrares e a beleza da nossa língua , a fala de cada cidade, estado... uma nordestina, uma mineira, uma cabocla... na contramão seguimos, cultivando os falares, os gestos de cada lugar, de cada um, em contraponto à midia que achata, uniformiza... Recordar os quintais, o cheiro da terra, da cozinha, os brinquedos... boneco de sabuco, de pano, o conto na porta da casa, beira do terreiro.... vamos brincando, vão lembrando, compartilhando e se assenhorando de novo do saber que cada um traz no coração...